O Serviço de Aprovisionamento renovou, uma vez mais, a sua certificação pelo sistema de "Gestão e controlo de stocks de bens, exceto medicamentos; e aquisição de bens e serviços de suporte à atividade da Entidade”, através da norma ISO 9001:2015. Reconhecimento obtido em 2009, pela entidade certificadora APCER, e que mantém há 15 anos.

Em 2007 o Serviço de Aprovisionamento implementou um Projeto Integrado de Logística Hospitalar, através do sistema e-kanban, e foi certificado pela primeira vez em 2009. Com este sistema, que veio permitir uma maior eficiência na gestão de stocks e consumos, todos os produtos consumidos nos serviços são registados online, através de um terminal móvel. A informação é recebida no armazém, que repõe a quantidade de material necessária nos serviços, com base nos níveis acordados.

Este modelo de reposição, que está implementado em 77 serviços clínicos/armazéns periféricos das unidades hospitalares do Barreiro e do Montijo, permite reduzir os stocks existentes nos serviços e no Armazém Geral, evitando desperdícios; rentabilizar os recursos humanos e materiais; e garante a existência de um inventário permanente dos materiais existentes.

Presentemente, com a criação da Unidade Local de Saúde do Arco Ribeirinho (que integrou o Hospital de Nossa Senhora do Rosário – Barreiro, o Hospital do Montijo e o ACES Arco Ribeirinho) está a ser implementado um sistema logístico semelhante nas Unidades dos Cuidados de Saúde Primários, onde se pretende obter benefícios iguais aos conseguidos nas Unidades Hospitalares. “Este novo sistema logístico está a ser implementado em 26 novos armazéns periféricos, com distâncias que vão até 67 quilómetros do Armazém Central do Serviço de Aprovisionamento, que fica situado no Hospital do Barreiro”, explica a Diretora do Serviço de Aprovisionamento, Vanessa Paulino.

O Serviço de Aprovisionamento da ULSAR foi o primeiro serviço do Serviço Nacional de Saúde (SNS) a obter esta certificação e o segundo a implementar o modelo logístico e-kanban. Foi, ainda, o primeiro a implementar o programa de custeio ao doente no Bloco Operatório (referenciado pelo Tribunal de Contas como boa prática) e respetivo modelo logístico de bens consignados.

Para a Diretora do Serviço de Aprovisionamento, Vanessa Paulino, este reconhecimento significa cada vez mais um desafio, “quer pela complexidade dos procedimentos inerentes à atividade, quer pelo nível de exigência da função, aumento da equipa e do número de clientes”. E acrescenta: “É um fator critico de sucesso, não apenas o envolvimento e adequada manifestação de necessidades dos clientes internos, mas também a resposta apropriada por parte dos fornecedores. Não nos podemos esquecer que a função dos serviços de Aprovisionamento em Unidades de Saúde pressupõe trabalhar com centenas de mercados distintos, dos mais variados setores, não existindo outras organizações com igual característica e complexidade”, destaca. Por isso, conclui, “Em suma, o envolvimento das equipas e a aposta na comunicação entre as partes envolvidas, acaba por fazer a efetiva diferença, concorrendo para a garantia de boas práticas na atividade desenvolvida”.