acelarador1O Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) vai adquirir um novo acelerador linear, num montante total de cerca de 2,8 milhões de euros, ao abrigo do Programa Operacional Lisboa 2020, tendo sido hoje publicado o concurso público de aquisição deste equipamento. “Modernizar para melhor cuidar II” é o lema da candidatura apresentada em janeiro último, que prevê a aquisição de um novo acelerador linear para o Serviço de Radioterapia, para substituir o atualmente existente já desajustado face à evolução técnica e científica verificada nos últimos anos.

O novo acelerador linear permitirá aumentar a capacidade de resposta interna para tratamentos complexos, através da realização de técnicas de radioterapia estereotáxica fracionada (SBRT), de radioterapia de intensidade modulada (IMRT) e de radioterapia guiada por imagem (IGRT). Com este equipamento será possível aumentar a precisão do tratamento a realizar e a dose de radiação no volume a tratar, reduzir o tempo de tratamento e diminuir os efeitos secundários.

De acordo com a Rede Nacional de Especialidade Hospitalar e Referenciação de Radioterapia o Serviço de Radioterapia do CHBM dá resposta às necessidades dos doentes do foro oncológico com indicação para tratamentos de radioterapia da área da Península de Setúbal (CHBM, Hospital Garcia de Orta e Centro Hospitalar de Setúbal), sendo que desde agosto de 2016, por Despacho do Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, passou também a dar resposta aos doentes da área de referenciação do Hospital de Vila Franca de Xira, representando uma cobertura assistencial de mais de 1 milhão de habitantes.

Iniciou a sua atividade em maio de 2005 e foi o primeiro serviço público a dispor desta terapêutica a sul do rio Tejo. Na sua abertura dispunha de um acelerador linear, tendo sido instalado o segundo equipamento em 2010. O Serviço de Radioterapia encontra-se certificado desde 2009, através da norma ISO 9001:2008, tendo realizado 24.421 tratamentos em 2018.

Recorde-se que o CHBM concluiu com sucesso as duas candidaturas submetidas anteriormente ao Programa Lisboa2020. Em 2017 adquiriu 18 equipamentos, mais dois do que os previstos inicialmente, para os serviços de Anatomia Patológica, Bloco Operatório, Cardiologia, Oftalmologia, Gastrenterologia, Imagiologia, Pneumologia e Unidade de Cuidados Intensivos, num montante de 790 mil euros. Já em 2018 comprou 2 novos equipamentos para os serviços de Imagiologia e Ginecologia, num valor total de 149 mil euros.

Lisboa2020 é um programa operacional da União Europeia através do qual é possível adquirir novos equipamentos e substituir outros já existentes, em determinadas áreas definidas, com o objetivo de melhorar a qualidade dos cuidados prestados aos utentes, bem como as condições de trabalho dos profissionais de saúde.
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